
quando me sento a ver a roupa caída
de corpo dado ao vento
estou no quintal da minha avó
naquele quintal onde havia prédios altos
de varandas de cabelos brancos
de tábuas mastigadas a separar-nos dos vizinhos
naquele quintal onde o sol chegava de manhã
almoçava e ia para a praia
e me deixava perdida na roupa da corda
do ar
das nuvens
quando a minha avó tirava a roupa do vento
eu vestia as manhãs de primavera
3 comentários:
debati-me com a escrita deste poema
escrevi apaguei reescrevi acrescentei reduzi-o a dois versos para acordar no dia seguinte e sentir que os que estavam antes tinham de contar a história....
ainda não consigo dizer muito em poucas palavras
tenho sempre de me estender na corda dos nós com que elas me atam
Enviar um comentário