11 de maio de 2010



tinha a casa cheia de histórias
de cartas espalhadas
de palavras escondidas

tinha pintado as paredes com versos
guardado cada sílaba nos candeeiros

tinha deitado as metáforas
adormecido o canto suave dos lábios

mas então espantou-as
e adormeceu na cama
que fora delas

2 comentários:

patricia disse...

sempre que ouço esta música apetece-me escrever a preto e branco sobre o cinza que me habita todos os dias de todos os meses


mesmo quando as estações parecem mudar

joel faria disse...

parece que a casa toda se ajeita em palavras e semânticas...

é a estrutura anti-sismo, é a letra =)