25 de junho de 2010

da minha boca saem flores
ao nascer do dia

do meu corpo sai um sol débil
que ilumina os traços

finas espinhas

dos meus olhos escorrem
coroas de cinza em brasa

e corpos sem braços estremecem
na aragem fria

cravada no ar

3 comentários:

patricia disse...

foto

roubada a luci lu


*

ninguém disse...

sabe Patrícia, admiro e fico surpreendida com as suas manifestações tão poéticas!
Interrogo-me: Porque será que eu escrevo coisas tão evidentes embora se lhes note um tom de poesia!?
Será porque a minha idade não quer perder tempo a transmitir o que lhe vai na alma!? Quer ser clara, insisiva e directa, por medo que o tempo lhe fuja?

patricia disse...

estas manifestações poéticas consumem-me...

às vezes fico à espera daquela expressão e ela não chega, então procuro, arranho e esgravato as palavras até sair.

a sua linguagem parece evidente, mas a aura que as envolve revela doçura e serenidade e um cuidado e respeito pelas palavras que só se adquire com o tempo! ;)

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