
neste momento não há poesia. só há uma inundação de palavras que não encontram dono nem destino, não têm fuga nem caminho. existem apenas e querem cessar. querem seme-ar semterra. querem vo-ar de cabeça e aterr-ar sem pés.
deixo-as. levo-as comigo e abandono-as ali. arregaço os braços e as pernas, raso o olhar, turvo o céu e digo-lhes que o mundo é delas. a-penas.
2 comentários:
às vezes não sei o que fazer com elas.
Parabéns Patricia.
Gostei desta "nuance" na sua escrita!
Temos um prémio à vista.
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